terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

ORQUÍDEAS ANARQUISTAS: LIVRO DE PRIMEIRA


ORQUÍDEAS ANARQUISTAS
(Instituto de Artes do Pará/Secult, 2007, 76 páginas, preço não informado.

Os poemas deste livro, como bem ressalta o escritor português Antônio Vieira em seu prefácio à obra, falam de incompletude. De seu poema inicial ao final, percebe-se o sentimento lacunar, e evoca-se a noção de nostalgia, tão cara aos nossos tempos. Seriam estas saudades de uma era a muito morta? Seriam de uma pessoa? Não se encontrarão as respostas nos poemas em si, mas a partir deles. E é esta uma qualidade primária de livros em geral, e de uma obra de poesia em particular, que este livro de Paulo Vieira tem em abundância: a capacidade de fazer-nos não somente ler à sua poesia, mas vivenciá-la, acoplá-la ao dia-a-dia e tornar a dor do autor a nossa própria, numa espécie de desconstrução da receita de Fernando Pessoa. Por tudo isso, e mais as várias e brilhantes facetas da obra a serem descobertas por seus leitores, Orquídeas anarquistas merece muito mais que um mero passar de olhos. (Colaborou Alfredo Hesse Neto)

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